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Entregue prédio do futuro "Laboratório do Leite" da Udesc

Projeto iniciado em 2010 agora possui uma edificação. Instalação de equipamentos e contratação de pessoal para funcionamento deve levar mais de um ano
05/03/2024 - 14:21
05/03/2024 - 14:23
Obra custou R$ 10,3 milhões, e será mantida pela Udesc
Créditos: Laís Moser/Secom/Udesc

Santa Catarina é o quarto maior produtor nacional de leite, e agora dá mais um passo no fortalecimento desta cadeia produtiva no Estado. Na manhã da segunda-feira (4), a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) inaugurou o prédio do Núcleo de Ciência, Tecnologia e Inovação do Leite (NCTI), em Pinhalzinho.

O evento foi realizado em uma das unidades do Centro de Educação Superior do Oeste (CEO) da Udesc, e contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto; do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), deputado Mauro de Nadal; de deputados da Bancada do Oeste na Alesc; do prefeito de Pinhalzinho, Mario Afonso Woitexem; do reitor da Udesc, Dilmar Baretta; do reitor eleito para a gestão 2024-2028, José Fernando Fragalli; de pró-reitores e diretores-gerais da universidade, empresários e representantes de instituições: "Estamos muito felizes com a inauguração do NCTI do Leite, que tem, como objetivo, gerar tecnologia e difundir conhecimento entre os diversos elos da cadeia produtiva do leite no Estado", comenta Baretta.

O NCTI será operacionalizado pela Udesc Oeste, que abriga os cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia Química em Pinhalzinho, e de Enfermagem e Zootecnia em Chapecó: "É importante destacar a parceria desse projeto com a Secretaria da Agricultura do Estado de Santa Catarina, com a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), com a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), com as agroindústrias, a Prefeitura de Pinhalzinho e toda a articulação da Bancada do Oeste. É um projeto de muitas mãos", complementa Dilmar.

O secretário Colatto ressaltou que o Brasil produz 30 bilhões de litros de leite por ano, sendo 3 bilhões oriundos de Santa Catarina: "E 80% da produção do Estado está no Oeste, por isso nada mais justo termos aqui um laboratório para tratar a questão do leite".

Três pilares

Inserido no contexto da produção leiteira de Santa Catarina, o NCTI do Leite conta agora com uma edificação de 3.948m², que comportará uma indústria de lácteos em escala-piloto, com equipamentos para o processamento de leite e derivados. A planta será utilizada para cursos, treinamentos, teste de ingredientes, desenvolvimento e melhoramento de produtos. O objetivo é promover inovação, diversificação de produtos e otimização de processos.

Em breve, será instalado um laboratório de pesquisa e inovação em leite e derivados, com equipamentos de alta tecnologia para a caracterização do leite e de produtos lácteos. O laboratório será voltado para a pesquisa aplicada em busca de soluções diante das necessidades do setor lácteo, com estudo de componentes, produtos e processos para toda a cadeia produtiva.

O laboratório da qualidade do leite terá equipamentos específicos para análise da qualidade do leite, incluindo contagem de células somáticas (CCS), que são células indicativas da saúde do animal; contagem padrão em placas (CPP), que quantifica bactérias aeróbias do leite cru; e análise de contaminantes, medicamentos e parâmetros físico-químicos.

Os dados servirão de subsídio para o estudo da cadeia produtiva, podendo indicar alternativas para a melhoria do gado leiteiro, através de estudos de melhoramento genético e implantação de novas técnicas de nutrição animal: "O NCTI possibilitará a indicação de novas tecnologias para o produtor e novos produtos e processos para a indústria, com possibilidade de crescimento e inovação de produtos lácteos fornecidos para o mercado consumidor. Também é de fundamental importância como oportunidade de integração entre a universidade e o mercado para a qualificação de mão-de-obra, a pesquisa e a inovação", afirma a professora da Udesc Oeste, Andréia Zilio Dinon, atual coordenadora do NCTI do Leite.

Ela também comenta que o Núcleo poderá abastecer o mercado nacional com inovações tecnológicas e soluções para a otimização de processos, garantindo a qualidade dos produtos lácteos do Estado e promovendo maior participação dos produtores e indústrias no mercado nacional.

Importância do NCTI

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Catarina é o quarto Estado do país em quantidade de leite produzido no Brasil, atrás somente de Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Em 2022, o valor da produção em Santa Catarina foi de R$ 7 bilhões, com 3 bilhões de litros produzidos.

Há mais de uma década, entidades de representação dos produtores rurais e da agroindústria mobilizam-se por um laboratório de análise do leite em Santa Catarina. O projeto do "Laboratório do Leite" iniciou em 2010, com o professor Gilmar de Almeida Gomes (in memoriam), do Departamento de Engenharia de Alimentos e Engenharia Química da Udesc Oeste. Em 2014, tornou-se mais amplo, ganhando o nome atual e a sigla NCTI, fazendo parte da consolidação da Rota de Integração do Leite na Faixa de Fronteira de Santa Catarina.

O projeto foi inicialmente submetido e aprovado pelo atual Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), através do Núcleo Estadual de Integração da Faixa de Fronteira do Estado de Santa Catarina (Nfsc): "Posteriormente, a Udesc pleiteou recursos de R$ 30 milhões de emenda parlamentar junto à Bancada do Oeste na Alesc, com apoio de deputados para incluir esse recurso na Lei Orçamentária Anual (LOA), além de gestores, professores e técnicos da Udesc, colaboradores parceiros e lideranças políticas", diz Cleuzir da Luz, diretor-geral da Udesc Oeste.

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Em dezembro de 2021, foi lançado pela Udesc o edital de concorrência pública para construção do edifício do NCTI, agora entregue. O valor total do investimento foi de R$ 10.306.780,43. Alguns equipamentos para o local já foram comprados, e Dinon explica que, ao longo de 2024 e 2025, estão previstas a aquisição, importação e instalação dos demais equipamentos e mobiliário, além do encaminhamento de questões regimentais, participação em editais para seleção de pessoal, convênios e demais necessidades para a operacionalização do Núcleo: "Assim, os próximos anos serão de muitas atividades para estruturação a fim de consolidar o funcionamento do NCTI", finaliza Andréia.

COLUNISTAS

Thiago Freitas é jornalista, pós-graduado em marketing e empresário do setor de eventos.
Ivan Carlos Agnoletto é radialista e colunista esportivo do Diário do Iguaçu. Em 40 anos de atuação na imprensa de Chapecó, Ivan já narrou mais mil partidas da Chapecoense.
Formado em Jornalismo pela Unochapecó. Atua como repórter na redação do Jornal Diário do Iguaçu. Na coluna Palanque, retrata o cotidiano das comunidades de Chapecó, com ênfase para as demandas, reivindicações e bons exemplos do dia a dia.