Receba as notícias
no seu WhatsApp
Diário do Iguaçu
Extremo Oeste
Alto Uruguai
Divisa Oeste
DI Folha de Chapecó
DI Play
Informe-se sobre o que de mais importante acontece no dia a dia de Chapecó e da região Oeste de Santa Catarina.

Por uma Cidade Melhor: Chapecó tira nota 7 em avaliação do saneamento

Dados do Ranking de Competitividade dos Municípios mostram que, apesar dos graves problemas nos serviços de água e esgoto da capital do Oeste, realidade não é tão negativa quanto parece
10/06/2024 - 11:10
10/06/2024 - 12:50
André de Lazzari
Por uma Cidade Melhor: Chapecó tira nota 7 em avaliação do saneamento
Créditos: Andrés Rodriguez

Na segunda reportagem da série sobre a competitividade de Chapecó, medida pelo ranking nacional produzido pelo Centro de Liderança Pública (CLP), abordamos o desempenho do município no saneamento e na segurança.

Os indicadores de água e esgoto da capital do Oeste apontam que todas as reclamações feitas pela Prefeitura de Chapecó e pela população tratam de um problema crônico e real quanto à busca por um serviço de saneamento que esteja à altura do município, mas que a situação atual está um pouco melhor do que em comparação com o passado recente.

Saneamento

O assunto saneamento é relevante por ser fundamental para garantir condições mínimas de vida, com dignidade, para a população; e enquanto temática de saúde pública. Se relaciona, adicionalmente, com o compromisso com a preservação dos recursos naturais, como por exemplo a água e o solo, não comprometendo a qualidade de vida das gerações futuras. A ampliação da disponibilidade de infraestrutura de saneamento, sem dúvida, é um dos principais desafios para a melhoria da competitividade dos municípios do Brasil.

Chapecó tirou uma nota 7 neste quesito. Foram avaliadas a cobertura de abastecimento de água, as perdas na distribuição e no faturamento, a cobertura da coleta e do tratamento de esgoto, a destinação do lixo e a cobertura de coleta dos resíduos domésticos.

O maior município do Oeste perde 44,35% do que capta de água na tubulação. Isso acarreta em perdas significativas no faturamento da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan): a estatal não recolhe em Chapecó 44,24% do que poderia arrecadar com o abastecimento de água.

Índices de saneamento em Chapecó
Créditos: André de Lazzari

João Rodrigues, prefeito do município, se posiciona mais uma vez em questionamento à estatal: "Nós estamos pagando uma conta que não é nossa. Esse é um índice que nos coloca para baixo enquanto município, mas a responsabilidade é do Estado, e a Casan é a concessionária. Se tu tirar esse índice, nossa competitividade melhora e muito. Não tem como dizer que vai acontecer um milagre para resolver isso, e é a Casan que tem que dar essa resposta".

O que diz a Casan

O Diário do Iguaçu recebeu, após solicitação, informações mais atualizadas da situação dos serviços da estatal em relação aos disponibilizados pela CLP. A Casan afirma que mantém ações permanentes em todas as regiões de Santa Catarina para o combate às perdas de água e de faturamento: "A Companhia registra, em média, 39,3% de perdas de água nos sistemas; e 46,46% de faturamento, dados que exigem atenção constante, mas são comparáveis aos obtidos por outras grandes companhias de saneamento em todo o país".

No caso de Chapecó, a estatal reconhece que os índices de perdas de água e de faturamento são um pouco superiores, mas têm se mantido e até reduzido nos últimos anos, principalmente na questão da arrecadação: "Chapecó é uma cidade que conta com um grande sistema de abastecimento, com complexas infraestruturas que envolvem sistemas de captação, tratamento, bombeamentos e redes de distribuição. Atendemos a 207.901 habitantes, com 50.853 ligações de água", afirma a Casan.

Para combate às perdas físicas, relacionadas a rupturas de tubulações e vazamentos ocultos, por exemplo; a estatal afirma desenvolver ações constantes de renovação de redes, geofonamento (com uma equipe exclusiva para a região Oeste, e mais de R$ 130 mil investidos apenas em Chapecó), controle de pressão, setorização e macromedição, entre outras.

Contra as perdas

As perdas comerciais estão relacionadas à água não faturada nas ligações clandestinas (gatos), não leitura em áreas de risco e insegurança, não cobrança em áreas de vulnerabilidade social e erro de medição. Para combate a esse tipo de perda, a Casan sustenta executar ações de cadastro, combate de fraudes e substituição de hidrômetros. Em 2023, a Companhia trocou 10.528 unidades, num gasto de R$ 786 mil; e para 2024, dispõe de R$ 1,25 milhão para substituir outros 15 mil hidrômetros.

Para este ano, a Companhia prevê a regularização de aproximadamente 3.400 unidades em Chapecó e Concórdia. São imóveis que apresentam, por exemplo, problemas de acesso para leitura. Além disso, regiões com dados desatualizados estão sendo recadastrados visando o adequado faturamento e regularização de ligações clandestinas.

Para a troca de ramais, mais de R$ 3,2 milhões foram contratados pela Casan, sendo que R$ 617 mil já foram usados em Chapecó. Por fim, para a melhoria de redes, a estatal contratou R$ 6,84 milhões em investimentos para Chapecó e Concórdia; e outros R$ 655 mil para compra de geofones e equipamentos para combater vazamentos.

Segurança

Esse tema é fundamental enquanto métrica de qualidade de vida da população. Um município com bom nível de segurança atrai cidadãos para ali viverem, estudarem, residirem e montarem negócios. Sem a garantia de segurança que permita uma vida plena aos cidadãos, o município deixará de ser um polo de atração de talentos. Além disso, a população que ali habita perderá a perspectiva de prosperidade de longo prazo no município, deixando de direcionar forças para construir vínculos permanentes com a localidade.

Por fim, o tema se mostra como uma das maiores preocupações dos cidadãos diante dos índices de violência alarmantes no país. A garantia de segurança é fator fundamental para o desenvolvimento, o bem-estar social e a competitividade municipal.

Confira mais notícias de cotidiano

Chapecó tirou uma nota 8 neste quesito, que avaliou as ocorrências de mortes violentas intencionais, mortes por causas indeterminadas, as taxas de mortalidade de jovens por razões de segurança e no transporte, e a morbidade no transporte.

Índices de segurança em Chapecó
Créditos: André de Lazzari
Leia as outras reportagens da série

COLUNISTAS

Olá, sou o jornalista Paulo Chagas. Possuo longo tempo de atuação na imprensa, com passagens por grandes veículos no Estado. Formado em Letras e Jornalismo faço uso da experiência em minhas opiniões. Espero assim, contribuir também no colunismo político. A partir da coerência, da razão, da ética, e sob o olhar crítico, estarei atento aos acontecimentos da política catarinense e nacional.
Luiz Dalago Júnior, advogado, escritor, diretor do departamento de compras e licitações do município de Seara, especialista em direito público, constitucional, administrativo, tributário, contratos, licitações e práticas sociais e vou apresentar para vocês os novos rumos que a tecnologia e inovação estão trazendo para a sociedade atual.